Protestos contra reforma da Previdência Social acontecem em Minas Gerais

Mais de dez cidades aderiram; manifestantes acreditam que a PEC 287 é um retrocesso, com a retirada de direitos do trabalhador

Minas Gerais amanheceu com protestos contra a PEC 287, que prevê a reforma da Previdência Social. Até o momento, 13 cidades aderiram às manifestações: Belo Horizonte, Barbacena, Divinópolis, Diamantina, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Ouro Preto, Poços de Calda, Teófilo Antônio, Uberaba, Uberlândia e Unaí.

De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg) cerca de 100 mil pessoas são esperadas ao longo do dia. Os manifestantes acreditam que a PEC é um retrocesso, com retirada de direitos da classe trabalhadora. 

Em Uberaba, o movimento ainda é tímido e conta com menos de 100 pessoas. Os organizadores esperam 500 pessoas ao longo do dia. Os manifestantes saem da Avenida Leopoldino de Oliveira, uma das principais da cidade, em direção à sede do INSS. O percurso é de cerca de 800 metros. 

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais, e seus 529 Sindicatos filiados, representam mais de 1,5 milhão trabalhadores rurais. A entidade coordenará a manifestação que promete movimentar o estado contra à proposta do governo.  

O tema é contestado pela FETAEMG e por diversas outras organizações, como a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e pelas centrais sindicais, por exemplo.

A Federação defende que ao invés de retirar direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, o governo deveria combater a sonegação fiscal das grandes empresas, que ultrapassa os R$ 500 bilhões de reais, segundo balanço do Instituto de Estudos Socioeconômicos. Desta forma, haveria mais dinheiro para ser investido no setor.