O movimento de baixa da carne bovina no atacado sem osso chegou ao fim nesta semana. Foi a primeira alta imposta pelos frigoríficos aos preços da carne em 2017.
A redução na entrega de boiadas, em função da época do ano, acabou diminuindo os estoques, mesmo que a melhora da demanda ainda seja pequena para grandes comemorações. Soma-se a isso a proximidade dos pagamentos de salários e estão dadas condições às valorizações.
A carne de dianteiro vendida, em média, por 42% a menos que os cortes de traseiro, foi o que puxou o mercado. Estes itens tiveram reajustes de 73%, contra 17% para os de maior valor agregado. Apesar da melhora dos preços pontuais, eles ainda são 4% menores que há um ano, em valores nominais.
Para os analistas da Scot Consultoria as projeções são otimistas. A boa notícia é que a inflação (IPCA) esperada pelo mercado até o final do ano voltou a cair pela oitava semana seguida e ficou em 4,36%, segundo o boletim Focus, e como o mercado da carne está atrelado à economia do país, espera-se por melhora do consumo.
O boletim indica também possível alta de 1,09% na produção industrial, o que poderá gerar mais empregos e melhorar a renda da população, consequentemente, o mercado da carne.