Indústrias brasileiras de café utilizarão o Sistema Eletrônico de Comercialização (SEC) da Companhia nacional de Abastecimento (Conab) para compra de café conillon. A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) e a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS) utilizarão o Sistema na modalidade Compra de Terceiros, numa tentativa de adquirir 213,5 mil sacas de 60kg do café necessário para a produção de blend. Os leilões acontecerão na próxima semana, no dia 22, conforme oito avisos publicados nesta quarta-feira, dia 15.
Com o objetivo de agilizar a operação, a Conab disponibilizará seus armazéns no Espírito Santo para depósito e fará o serviço de classificação do café que for vendido para as indústrias. Os preços de abertura dos leilões serão estipulados pela indústria e divulgados na abertura de cada lote.
A operação acontece após a suspensão da liberação de importação de conillon do Vietnã. Em fevereiro, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a redução do imposto de importação de conilon de 10% para 2% para uma cota de até 1 milhão de sacas de 60 kg entre fevereiro e maio de 2017. A medida havia sido solicitada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento após a Conab verificar estoques reduzidos do produto no Espírito Santo, em Rondônia e no sul da Bahia.
Leilões para Terceiros – Qualquer instituição pública ou privada pode utilizar o Sistema Eletrônico de Comercialização (SEC) para realizar operações de comercialização de grãos e insumos com segurança e transparência. Os leilões são realizados pela Companhia por demanda, sem custos para o interessado, e não têm relação com as políticas públicas executadas pela empresa.
Os parâmetros de preços e regras do edital são definidos pelo solicitante do leilão, cabendo à Conab prestar apenas consultoria sobre o funcionamento do Sistema, de forma a auxiliar a organização interessada a atingir seus objetivos. Atualmente, 14 Bolsas de Cereais e Mercadorias estão conectadas ao SEC.
Nos últimos dois anos, o Sistema foi utilizado para negociação de cerca de 4,6 toneladas de produtos de terceiros, proporcionado um rendimento de mais de R$ 3 milhões aos usuários.