Os preços da cebola continuaram a cair nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país em fevereiro. A hortaliça produzida na Região Sul está abastecendo o mercado nacional e segurando os preços em baixos patamares. Em Brasília/DF, o quilo da cebola foi vendido no atacado a R$ 1,27, queda de 15,27%.
Os dados estão no 3º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2017, divulgado nesta terça-feira, dia 21, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo analisa os preços de comercialização no atacado em fevereiro deste ano.
Em contrapartida, chuvas intensas e excesso de calor nas principais regiões produtoras comprometeram a produção de alface e cenoura, aumentando os preços. A maior alta foi registrada na Ceagesp, onde o preço da alface subiu 104,87% e o da cenoura, 59,19%, com o quilo saindo a R$ 2,86 e R$ 2,11, respectivamente.
O mesmo ocorreu com o tomate, cuja cotação em queda desestimulou os produtores, reduzindo a oferta. Em consequência, em fevereiro o produto teve aumentos de 2,81% a 49,34%. O maior índice foi registrado em Recife/PE, onde o preço do quilo chegou a R$ 1,51. Caso se mantenha a tendência de redução de área plantada, o tomate poderá pressionar os índices inflacionários nas próximas safras.
Já a batata não apresentou movimento uniforme nos mercados analisados. Para se ter uma idéia da variação, o preço caiu 20,83% em Rio Branco/AC (R$1,90/kg) e subiu 19,46% em Curitiba/PR (R$ 0,94/kg).
Frutas
Banana e maçã apresentaram preços mais baixos em cinco das centrais de abastecimento analisadas, devido ao aumento na oferta dos produtos. A maior queda da banana foi de 31,53% em Curitiba/PR, com preço de R$ 1,57/kg. No caso da maçã, destaque para recuo de 26,82% na cotação em Vitória/ES, onde foi vendida por R$ 3,57/kg.
O preço do mamão também caiu na maioria das Ceasas analisadas, de 2,39% (em Belo Horizonte/MG) a 14,97% (em Rio Branco). A laranja, no entanto, teve alta generalizada apesar da safrinha de São Paulo. Os maiores aumentos foram de 60,89% no Acre, onde a fruta foi vendida a R$ 2,01/kg, e de 36,87% em São Paulo/SP (R$ 2,49/kg).
A análise de preços praticados pelas centrais de abastecimento é feita mensalmente pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Conab, a partir de informações fornecidas pelos principais entrepostos de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Ceará, Acre e Distrito Federal.