As fortes quedas de preços do milho e do farelo de soja elevaram o poder de compra de avicultores brasileiros em março, apesar das desvalorizações do frango vivo. No dia 31, o produtor de aves paulista pôde adquirir 5,2 quilos do cereal ou 2,73 quilos do derivado da oleaginosa, em média, com a venda de um quilo do animal, os maiores volumes desde 30 de novembro de 2015 e respectivos aumentos de 13,9% e 1,6% no acumulado do mês.
Enquanto o frango vivo na Grande São Paulo se desvalorizou 4,6% no balanço de março, o milho e o farelo tiveram baixas acumuladas de 16,2% e de 6,1% em Campinas (SP). Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a desvalorização do animal é consequência da cautela de compradores após a deflagração da operação Carne Fraca. As quedas nos preços dos insumos, por sua vez, se dão pela oferta elevada no mercado, causada pelo bom rendimento da safra verão, conforme informações da Equipe Grãos/Cepea.