Uma pesquisa feita com 24 filhotes de búfalos em uma propriedade em Sarapuí (SP) vem apresentando resultado positivo e anima produtores com a economia que pode ser gerada com o método. Assim que os animais nascem, ficam apenas o primeiro dia com a mãe e já no segundo dia inicia-se a alimentação com leite em pó.
O direto de agricultura da cidade e responsável pela pesquisa, Marcio José Sturaro, explica que são feitos três tipos de tratamento. Uma parte dos bezerros recebe apenas leite de búfala e concentrado, outro grupo se alimenta apenas com leite em pó e um terceiro gruo recebe metade de leite de búfala e metade de leite em pó mais o concentrado. Ao final do estudo, será avaliado qual apresenta o melhor resultado.
A suplementação é feita individualmente na mamadeira. As primeiras medições já são bem animadoras, de acordo com o médico veterinário da fazenda Rodrigo Saraiva. “Na verdade, estão crescendo até acima do esperado; a gente botou uma média desses animais atingirem o peso de 80 kg com três meses e eles estão conseguindo atingir esse peso com dois meses. Isso significa que eles estão atingido os níveis de nutrição necessária”, explica.
Nos três primeiros meses, o bezerro consome em média quatro litros de leite por dia. Se o produtor optar pelo leite em pó garante uma boa economia. Isso porque todo o produto que deveria ser destinado ao bezerro vai direto para comercialização. Depois deste período, obezerro segue o ciclo normal.
Saraiva explica que para que as búfalas continuem produzindo leite sem o estímulo do filhote, é feita a aplicação exógena da ocitocina. “Estamos aplicando ocitocina comercial. No início do trabalho, era uma questão de que isso seria ou não prejudicial na produção, na curva de lactação desses animais. O que a gente tem visto é o contrário”, afirma.
A região de Sarapuí é uma grande produtora de leite de búfala. Tudo é destinado a produção de laticínios. Com a pesquisa, a expectativa é aumentar a oferta do produto. Os resultados finais devem ficar prontos em no máximo quatro meses.