A Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve autorizar, em reunião no próximo dia 4 de julho, a taxação de 17% para a importação de etanol dos Estados Unidos. A tarifa atualmente está zerada, e isso tem gerado reflexos negativos no setor produtivo brasileiro, segundo representantes da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenérgetico. Eles se reuniram com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na tarde desta terça-feira, dia 20, para apresentar reivindicações dos produtores nacionais.
A taxação da importação do etanol americano deve amenizar o impacto principalmente sobre os produtores do Nordeste, que estão em plena safra. Segundo o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), a proposta foi bem aceita pelo ministro Meirelles e está articulada para que seja aprovada na Camex no início de julho.
Outro pedido do setor foi o retorno da Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide) de R$ 0,60 por litro de gasolina, para dar competitividade de preço ao etanol brasileiro – atualmente, a cobrança é de R$ 0,10 por litro. O setor também quer a desoneração de PIS/Cofins sobre o etanol. Segundo o Sérgio Souza, até o fim do ano passado, os produtores gastavam R$ 48 por metro cúbico do combustível. Em 2017, com a cobrança do tributo, esse valor teria saltado para R$ 120.
Açúcar
A exportação de açúcar também é motivo de preocupação. A taxação das vendas tem gerado o fechamento de alguns mercados e consequente prejuízo ao setor produtivo.