Agropecuária lidera criação de empregos em maio

As culturas responsáveis por esse resultado foram o café, a laranja e a cana-de-açúcar

Fonte: Joseani Mesquita Antunes/Embrapa

No mês de maio, o Brasil registrou 34,2 mil novos empregos no mercado formal de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta terça-feira, dia 20, pelo Ministério do Trabalho. Este é o segundo mês consecutivo em que há saldo positivo de postos de trabalho. O número representa um aumento de 0,09% em relação a abril. No acumulado do ano, houve um crescimento de 48,5 mil postos de trabalho.

De acordo com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o resultado reflete o esforço do governo e a recuperação pela qual o Brasil passa após crises econômica e política.  “O governo federal tem feito um esforço grande e constante para adotar medidas que incentivem a geração de empregos. E o resultado nós temos visto no desempenho do Caged desde o ano passado, mas, sobretudo, nos últimos meses”, afirma.

Agropecuária

Mais uma vez a agropecuária surge como o setor que mais puxou os dados de emprego. Foram 46 mil novos postos de trabalho com um crescimento de 2,95% na comparação com o mês de abril.

As culturas responsáveis por esse resultado foram o café, sobretudo em Minas Gerais; a laranja, em São Paulo; e a cana-de-açúcar, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Desde o começo do ano, o setor acumula um salto positivo de 77 mil postos de trabalho – o total de admissões no período foi de 457.620, contra 380.590 desligamentos.

Outros setores

As áreas com performance positiva foram os serviços, que tiveram acréscimo de 1,9 mil postos (0,01%); a indústria de transformação, (1,4 mil vagas, crescimento de 0,02%); e a administração pública, (955 novas vagas, aumento de 0,11%).

Tiveram saldo negativo o comércio, que fechou 11.254 postos (menos 11,2 mil vagas, uma queda de 0,13%); a construção civil, (4 mil vagas a menos, queda de 0,18%); a indústria extrativa mineral, com resultado negativo de 510 postos (-0,26%); e os serviços industriais de utilidade pública, que fecharam 387 vagas (-0,09%).

Números regionais

A região que mais gerou empregos em maio foi o Sudeste, com a criação de 38,6 mil postos de trabalho formal. Os estados que se destacaram foram Minas Gerais (22,9 mil postos), e São Paulo (17,2 mil novas vagas). Esses resultados  se devem principalmente ao aumento na oferta de vagas formais na agropecuária, serviços e indústria.

A segunda região com maior crescimento no nível de emprego foi o Centro-Oeste, onde foram gerados 6,8 mil postos; seguida do Nordeste, com saldo positivo de 372 vagas. Em contrapartida, houve retração nas regiões Norte (com mais de mil postos a menos) e Sul (menos 10,5 mil vagas).