Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a segunda safra de milho deve registrar uma produção de aproximadamente 63,5 milhões de toneladas, volume 55,8% maior frente à produção do ano passado e recorde histórico. Estes números podem ser explicados pelo aumento na produção nos dois principais estados produtores de milho safrinha, Mato Grosso e Paraná, que somados representam cerca de 60% da produção nacional.
Em Mato Grosso o aumento de 18,2% na área plantada do grão, somado às boas condições climáticas, geram expectativa de incremento de 67,9% na produção frente à safrinha passada, de acordo com a Conab. No estado a colheita começa a ganhar fôlego. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até o dia 16 de junho cerca de 12% da área plantada havia sido colhida e, com a previsão de tempo seco no curto prazo, a tendência é do ritmo seguir ganhando força.
Já o Paraná, único produtor de milho segunda safra da região Sul, deve registrar uma produção em torno de 13,3 milhões de toneladas, incremento de 18,8% frente à safra anterior. No estado a colheita ainda está no início. Até o momento, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), 2% da área total foi colhida e as condições da lavoura estão classificadas em 1% como ruim, 6% como mediana e 93% em condições boas.
Para o produtor que pretende negociar o grão, vale a pena se atentar ao mercado nacional, ao câmbio e a produção internacional. Com expectativa de safra recorde no país e avanço da colheita do cereal, a oferta tende a aumentar e as cotações podem sofrer pressão de baixa no curto prazo.