A colheita da segunda safra de milho atingiu 36% da área no Centro-Sul do Brasil, informou a consultoria AgRural nesta sexta-feira, 14. Os trabalhos avançaram 13 pontos percentuais em uma semana, mas seguem atrasados ante igual período de 2016, quando houve quebra de safra e 46% da área já estava colhida. A média de quatro anos é de 35%.
Segundo a AgRural, com previsão de continuidade do tempo seco, que favorece os trabalhos nas próximas semanas, parte dos produtores tem optado por colher mais lentamente e tirar o milho do campo com a menor umidade possível. “A falta de espaço nos armazéns, somada ao atraso no plantio de estados como Paraná e São Paulo, também tem influenciado o ritmo da colheita”, apontou.
São Paulo e Paraná, que colheram apenas 6% e 19%, respectivamente, são os estados onde há maior atraso em relação ao ano passado, conforme a consultoria. Há um ano, a colheita estava em 50% e 45%, respectivamente. “Além do atraso no plantio, as temperaturas mais amenas agora em julho têm dificultado a perda de umidade dos grãos em algumas áreas.”
No Centro-Oeste, o tempo seco tem favorecido os trabalhos e há registro de boa produtividade e qualidade na maioria das regiões, segundo a AgRural. Mato Grosso tem 61% da colheita concluída, seguido por Goiás, com 30%, e Mato Grosso do Sul, com 15%.
Em Minas Gerais, a colheita atinge 33%, contra 26% há um ano, destacou a consultoria. Em Unaí, no noroeste do estado, áreas de sequeiro que sofreram com a estiagem estão tendo rendimento entre 40 e 60 sacas por hectare. A AgRural disse que, devido à falta de chuva em parte das áreas produtoras, Minas Gerais e Goiás são os únicos estados do Centro-Sul que não devem ter recorde de produtividade neste ano.
A consultoria estima que o Brasil produzirá um volume recorde de 67,2 milhões de toneladas em segunda safra e informa que a projeção será revisada no início de agosto.