O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Marco Túlio Duarte Soares, diz que a crise vivida pelo setor pecuário está sendo usada para pressionar os preços do boi gordo. Segundo ele, “como precisam vender, pecuaristas acabam aceitando os valores praticados”. “Mesmo com a reação do mercado, o abate sendo retomado após a forte queda em abril e as exportações em recuperação, os preços continuam em baixa por pressão da indústria”, disse Soares, em nota.
Nesta semana, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontou preço médio do boi gordo de R$ 115,68, o que representa desvalorização de 12,3% em comparação com o mesmo período de 2016, quando o preço era R$ 131,97. No ano, o recuo é de 8%, de R$ 125,98 em janeiro para R$ 115,68 agora.
A Acrimat pondera que a redução do ICMS para a saída de animais a serem abatidos em outros estados dará “mais opções de mercado para o pecuarista”. A alíquota do ICMS passa de 9% para 4% por um período de 90 dias, de 1º de julho a 30 de setembro. Em junho, Mato Grosso exportou o recorde mensal de 28,7 mil toneladas equivalentes carcaça (TEC), com receita de US$ 98,2 milhões.