Caminhoneiros bloqueiam rodovias em protesto contra alta dos combustíveis

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Thiago Silva/ Jornal A Folha Sinop

Caminhoneiros realizam na manhã desta terça-feira, dia 1º, protestos em pelo menos três estados do Brasil. A categoria é contra o aumento dos impostos, como PIS/Cofins, sobre os combustíveis, anunciado pelo governo no último dia 20. De acordo com o líder do Movimento dos Transportadores de Grãos de Mato Grosso, Gilson Baitaca, a passagem de carros, cargas vivas e medicamentos estará liberada ao longo do dia.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o movimento acontece no km 361 da BR-381, no município de João Monlevade (MG), no km 133 da BR-116, em Santa Cecília (SC) e no km 301 da BR-101, em Viana (ES). Em Santa Catarina o bloqueio da estrada é total e no Espírito Santo o ato acontece no acostamento. 

Dólar
O dólar comercial fechou em baixa, pressionado pelo movimento da moeda no exterior, onde os investidores seguem preocupados com a força da economia dos Estados Unidos. Aqui no Brasil o fim do recesso parlamentar no Brasil nesta terça-feira e a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, marcada para a quarta-feira, dia 3, também mexe com o ânimo do mercado. Nesta segunda-feira, 31, a moeda norte americana fechou com baixa de 0,51%, cotada a R$ 3,119.

Soja
A soja na bolsa de Chicago (CBOT) teve um dia de queda, repercutindo as informações sobre o clima nos Estados Unidos. Os boletins meteorológicos apontam chuvas entre normais e acima do normal e temperaturas abaixo da média para o cinturão produtor americano no período de 8 a 14 dias. Essa precipitação favoreceria a produção em um período crucial para a definição do potencial produtivo. A expectativa é que agosto seja determinante para o preço da soja.

Em relação às condições das lavouras, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta segunda-feira que 59% das lavouras estão em boas ou excelentes condições. Na semana passada o número estava em 57%.

Aqui no Brasil a baixa em Chicago e a queda do dólar derrubaram os preços da soja e houve pouco registro de negócios.

Milho
O mercado refletiu informações de mais chuvas nas lavouras americanas e a divulgação dos dados de condição da safra. Para o milho o USDA indicou que 61% da safra estava em boa ou excelente condição, contra 62% da semana passada. A expectativa dos analistas é que os próximos 10 dias sejam tensos, devido a divulgação de números privados de safra e ao relatório de oferta e demanda, previsto para a quinta-feira, dia 10.

Aqui no Brasil a semana começou lenta e sem negócios reportados. O tempo mais seco colaborou com o avanço da colheita e os preços caíram 3,8% nos últimos sete dias, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Veja o fechamento do preço do milho na sua cidade.

Café
O café na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) deu sequência aos ganhos da sexta-feira, 28. As indicações de uma safra brasileira menor do que se imaginava em 2017, com problemas no rendimento e com dificuldades com a incidência de broca dão esta sustentação ao mercado. O vencimento de setembro subiu 1,01%, cotado a 139,25 cents por libra-peso (+140 pontos). No balanço mensal, julho terminou com uma valorização de 10,8% no acumulado da posição de setembro.

Aqui no Brasil o mercado começou a semana mais calmo, apesar de preços do café mais firmes. Neste momento o produtor rural começa a encontrar dificuldades em entregar cafés finos de venda antecipada e já começa a preocupação com a qualidade de uma peneira mais baixa.

Boi
A pressão de baixa vem perdendo cada vez mais força na maior parte das praças. De acordo com a Scot Consultoria, este cenário é decorrente da gradual redução na oferta de boiadas. A queda nas temperaturas e a falta de chuva afetaram a capacidade de suporte dos pastos.

No curto prazo, com o início do mês, fica a expectativa quanto ao consumo de carne. A soma de um aumento no consumo e da diminuição na oferta de boiadas pode trazer maior dinamismo ou alteração nos preços do boi gordo.

Previsão do tempo
O atual bloqueio atmosférico enfraquece novamente no início de agosto e uma frente fria chega novamente ao Sul, pondo fim ao período de estiagem. Esse primeiro retorno da chuva já será suficiente para deixar o índice pluviométrico acima da média no mês na região. Simulações mais recentes indicam que será um período de pelo menos dez dias consecutivos favorável a chuvas no Rio Grande do Sul. 

No Centro-Oeste, fora o extremo sul de Mato Grosso do Sul que recebe uma chuva em meados do mês, a Região segue com tempo seco. No Nordeste, as chuvas ainda serão frequentes na faixa leste, mas com menor acumulado e abaixo da média. As temperaturas caem no Centro-Sul novamente a partir do primeiro fim de semana do mês, mas esta onda de frio, apesar de duradoura no Sul, não será tão intensa quanto as últimas.

Na porção central do país, há bastante nebulosidade baixa. Chuvas mais intensas ainda concentradas no extremo norte, entre o norte do Amazonas e Roraima e, também no leste do Nordeste. Saiba como fica o tempo em agosto.

Sul
Um bloqueio atmosférico começa a ser enfraquecido e áreas de instabilidade formadas entre o Uruguai e a Argentina, que mais tarde darão origem a um sistema frontal, conseguem se espalhar também pela metade sul do Rio Grande do Sul. São esperadas pancadas de chuva com trovoadas, especialmente para as áreas de fronteira com o Uruguai. A chuva se espalha para algumas cidades do interior do estado, inclusive na capital Porto Alegre (RS). Já no norte gaúcho, em Santa Catarina e também no Paraná, o que continua a atuar é uma massa de ar mais seco, que permite maior amplitude térmica. Pela manhã ainda faz frio nos pontos mais altos, mas durante a tarde o calor fora de época predomina.

Sudeste
As poucas áreas com chuva se concentram no litoral do Espírito Santo, extremo litoral do Rio de Janeiro e do nordeste de Minas Gerais. Por outro lado, todas as demais áreas do Sudeste continuam sob o predomínio de uma massa de ar seco, que inibe a formação de nuvens carregadas e permite mais uma vez temperaturas em elevação. No norte paulista e oeste mineiro, as temperaturas ficam elevadas e com umidade relativa do ar baixa.

Centro-Oeste
Ainda não há umidade suficiente na atmosfera para mudar o tempo e trazer chuva novamente no Centro-Oeste. Assim, em todos os estados da região e o Distrito Federal seguem com tempo firme e bastante quente no período da tarde neste primeiro dia de agosto. Os índices de umidade relativa do ar seguem abaixo dos níveis críticos e essa condição aumenta o potencial para novos focos de calor.

Nordeste
Chove em forma de pancadas no norte do Nordeste, inclusive em São Luís (MA) e Fortaleza (CE). De Natal (RN) até o sul da Bahia há possibilidade de eventual chuva fraca a moderada. No interior da região o sol predomina, com friozinho pela manhã, especialmente na Bahia. As temperaturas seguem elevadas à tarde nesta área. Por outro lado, o excesso de nuvens e as chuvas mantêm as temperaturas máximas da tarde mais baixas ao longo do litoral leste.

Norte
Segue a condição para chuva forte para parte da região Norte, com destaque para Roraima e Amapá, além da faixa noroeste do Amazonas e litoral do Pará. A maior parte no Norte, no entanto, continua com tempo firme e muito quente no período da tarde. Essa condição aumenta a condição para focos de calor especialmente entre Rondônia, Tocantins e sul do Pará.