O cenário para os preços do boi gordo está cada vez mais firme. Segundo a Scot Consultoria, nesta terça-feira, dia 15, algumas indústrias ofertaram até R$ 4 a mais por arroba, na comparação com o último fechamento. No início da semana, muitos frigoríficos ainda estavam fora do mercado, estudando suas estratégias para os próximos dias.
Essa pressão de alta nas cotações do boi é reflexo, principalmente, da baixa oferta de animais. Algumas empresas, que no início do mês trabalhavam com escalas de até uma semana, hoje possuem apenas um ou dois dias de escala.
A expectativa no curto prazo é que a dificuldade de compra de boiadas continue determinando os rumos do mercado pecuário.
Preço do milho
O avanço da colheita da segunda safra e o aumento da oferta continuam pressionando para baixo as cotações do milho no mercado interno. Segundo levantamento da Scot, na região de Campinas (SP) a saca está cotada em R$ 25, sem o frete, para a entrega imediata. Houve queda de 1,9%, em relação a julho. Já na comparação anual, o milho está custando 44,1% a menos.
No entanto, essas quedas do grão foram menores desde meados de julho, limitadas pela maior movimentação para exportação. A média diária embarcada em agosto (até a segunda semana) foi 76% acima do registrado em igual período do ano passado e 77,4% maior que a média de julho deste ano.
No curto e médio prazos, são esperados preços mais firmes para o milho, em função das exportações, que deverão seguir aumentando.
Na B3, antiga BM&F/Bovespa, os contratos com vencimento em setembro de 2017 ficaram cotados em R$ 27,39 por saca, o de novembro em R$ 28,35 e o janeiro de 2018 em R$ 30,30 por saca na última segunda-feira, dia 14, sinalizando alta de preços neste segundo semestre e começo de 2018.