Diminuiu o número de animais inscritos na 40ª edição da Expointer, realizada no Parque Assis Brasil, em Esteio (RS). São 1.437 rústicos para comercialização e 3.207 animais de argola para o julgamento.
Mesmo assim, Ernani Polo, secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, acredita em boas vendas. “Em que pese, vivemos um momento difícil agora, o preço caindo em função desse represamento de carne que aconteceu especialmente no Centro-Oeste, em virtude das operações e dos fatos que aconteceram, acho que agora começa uma retomada e esperamos que isso possa acontecer rapidamente. Vem se buscando trazer animais de qualidade e diminuir um pouco o número de cabeças”, afirma.
O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos Naturalmente Coloridos (ABCONC), Cléber Vieira, trouxe o melhor rebanho para a feira. Nos últimos anos, cresceu o número de pecuaristas interessados nesta criação por conta da rentabilidade. O exemplar preto pode custar R$ 5 mil na feira, enquanto o branco, R$ 3 mil.
“Agrega valor na carne e no pelego que você tira, coisa que o branco na realidade não faz. O branco é a carne e o pelego não vale quase nada. O pelego do preto é supervalorizado, porque os competidores querem nas suas indumentárias, isso fez com que evoluísse muito nos últimos anos”, explica Vieira.
Outra mudança é que este ano as aves ficaram de fora. O objetivo é manter o estado longe da influenza aviária, doença com focos registrados em mais de 60 países. Com isso, pelo menos mil pássaros voltados à exposição, por serem exóticos e ornamentais, não participam desta edição.
Polo explica que a secretaria e entidades representativas do setor estão tomando todas as medidas de precaução. “É importante e necessário que se faça isso. Esperamos que nos próximo ano possamos já retomar a presença das aves”.