O controle de pragas é um dos principais assuntos discutidos no 11º Congresso Brasileiro do Algodão, que começa nesta terça, dia 29, em Maceió (AL). Entre os produtores, a esperança é a chegada rápida ao mercado de uma pluma resistente às pragas comuns nas lavouras.
Essa descoberta poderia significar uma economia muito grande para o produtor brasileiro, que gasta US$ 80 milhões por ano para combater o bicudo-do-algodoeiro, por exemplo.
Em parceria com entidades e centros de pesquisa. a Embrapa trabalha no desenvolvimento de um algodão transgênico resistente a essa praga. “Em oito ou dez anos, essa semente pode estar à disposição do produtor”, diz Sebastião Barbosa, chefe da Embrapa Algodão. No vídeo abaixo, você encontra a íntegra com a entrevista que Barbosa concedeu à repórter Roberta Silveira.
O congresso
O tema do 11º Congresso Brasileiro do Algodão é “Inovação e Rentabilidade”. O encontro acontece em um momento de otimismo para o setor, tanto pelos números da safra 2016/17 – cerca de 15% superiores ao ciclo anterior -, quanto pelas tendências altistas para o mercado da pluma. O consumo mundial supera a produção pelo terceiro ano consecutivo, e a gradual liberação dos estoques chineses, que devem sustentar os preços em torno de 70 centavos de dólar por libra-peso.
“A conjuntura atual para o algodão é interessante no Brasil e também no mercado internacional. Sugere uma tendência de aumento e preços e, consequentemente, de área. Essa perspectiva movimenta a cadeia produtiva para prover os produtos e serviços necessários a uma possível expansão. Isso se reflete diretamente no nosso Congresso, dinamizando-o ainda mais”, diz o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura.
Embora seja um evento realizado por cotonicultores, o CBA atrai todos os elos da cadeia produtiva. Em torno de 20 empresas do setor patrocinam o Congresso e aproveitam a oportunidade para apresentar seus portfólios.
A Abrapa também divulga suas ações institucionais, dentre elas, o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), o Programa de Qualidade Standard Brasil HVI (SBRHVI), e o Sou de Algodão, movimento de valorização da matéria-prima junto ao público consumidor.