Vigilância sanitária do RS encontra bactéria em queijo de rede de supermercados

Secretarias de Saúde do Rio Grande do Sul e do município de Porto Alegre orientam população a não consumir frios fatiados da marca Zaffari

Fonte: Proteste/divulgação

Nesta quinta, dia 31, a Vigilância Sanitária de Porto Alegre determinou a retirada de comercialização de frios fatiados – como queijos e embutidos – da marca Zaffari. De acordo com nota, o motivo foi a presença da bactéria Listeria monocytogenes, que pode causar danos à saúde dos consumidores, em um lote de queijo da marca própria.

As secretarias de Saúde do Rio Grande do Sul e do município de Porto Alegre orientaram a população – em especial, gestantes e pessoas com baixa imunidade – a não consumir os produtos, já que o microrganismo tem potencial para provocar desde problemas gástricos até aborto. 

O Grupo Zaffari publicou em seu site uma nota de esclarecimento sobre o caso. A empresa informa que, desde que foram feitas coletas de amostras de produtos em unidades da rede, os processos de higienização das áreas de produção teriam sido intensificados preventivamente. Após a determinação de suspensão do fatiamento, os produtos teriam sido retirados das lojas e, a partir desta sexta-feira, dia 1º, os clientes passariam a ser atendidos com produtos fornecidos diretamente das indústrias. 

“Por iniciativa da empresa, a área de produção de fatiados do hipermercado Bourbon Ipiranga teve sua produção descontinuada como medida preventiva, enquanto aguarda o laudo oficial dos produtos coletados pela Vigilância Sanitária”, informa a nota.

Ozônio

De acordo com o agroecologista e diretor da Oxigênio da Amazônia Ivanildo Lins, qualquer empresa está suscetível a esse tipo de bactéria. “Todas essas bactérias são naturais, entre nós existem milhares. Mas quando há certo descuido no tratamento, na higiene, qualquer mudança de temperatura também, pode acontecer de se proliferarem. O que está acontecendo com essa empresa poderia acontecer com outra. A gente precisa tomar alguns cuidados”, diz.

Segundo Lins, existe uma solução muito simples para evitar esse tipo de contaminação: o uso do ozônio como bactericida. O gás natural encontrado na atmosfera e formado a partir do oxigênio é utilizado no tratamento de água pelo mundo e, no Brasil, começou a ser adotado por pequenos laticínios.

“No Brasil, a técnica ainda é pouco conhecida, mas é capaz de combater qualquer bactéria. Um pequeno aparelho, ligado na tomada, produz o próprio ozônio e é capaz de esteriliza 80 m³”, diz o especialista.