O mercado de arroz em casca seguiu com reduzido volume de negócios nos primeiros dias de setembro, prejudicados também pelo feriado de 7 de setembro.
“Os compradores seguem pouco ativos, beneficiando produto estocado e reticentes em aceitar os preços pedidos para o grão no mercado livre”, explica o analista da consultoria Safras & Mercado Élcio Bento.
Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca foi cotada a R$ 38,31 na quarta, dia 6, acumulando retração de 4,36% e de 23,5% em relação ao mesmo período do mês e do ano passado, respectivamente.
Na outra ponta, lembra Bento, quem não tem necessidade de venda imediata para quitar compromissos, prefere segurar os saldos remanescentes acreditando em momentos mais atrativos para negociar. A favor dessa escolha do vendedor estão a sazonalidade interna e a elevação dos preços internacionais.
Historicamente, as cotações domésticas alcançam os melhores níveis da temporada entre outubro e janeiro.
“Esse ano é possível que haja alguma alteração desse quadro especialmente em função da prorrogação dos vencimentos de custeio que possibilitaram aos produtores retardar as vendas”, pondera o analista.
Em relação aos preços internacionais, a possibilidade dos furacões nos Estados Unidos prejudicarem a safra do maior exportador extra-Ásia mantém as cotações na Bolsa de Mercadorias Chicago próximas a US$ 14,00 a saca de 50 quilos, acima dos US$ 12,00 a saca no Brasil e dos níveis entre US$ 11,00/11,50 a saca nos demais países do Mercosul.
“Isso pode abrir espaço para os exportadores do Bloco escoarem excedentes para outros destinos”, destaca.