O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, fará gestão no governo para atenuar o custo que a energia representa para produtores de arroz irrigado do Rio Grande do Sul. De acordo com o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do estado (Federarroz), Henrique Osório Dornelles, apesar de desfrutar de uma das maiores produtividades mundiais, o arroz irrigado brasileiro não é competitivo em função desse custo elevado e, por isso, depende muito da variação do preço do dólar.
No Paraguai, por exemplo, de onde vem cerca de metade da quantidade de arroz importado pelo Brasil, a tarifa é 57% inferior à brasileira, de acordo com a federação. A reivindicação dos produtores é ampliar em 2h30 o horário reservado à irrigação, período em que há desconto no preço da energia, e que beneficiaria toda a cultura irrigada do país, defendeu Dornelles. Nos últimos quatro anos, segundo ele, a tarifa dobrou de preço.
Outra solicitação é de retirada das bandeiras tarifárias nos horários de ponta e fora de ponta de consumo, já que a bandeira amarela aumenta diretamente a conta em 6%, a vermelha 1, em 9%, e a vermelha 2, 10,5%.
Eles também reivindicaram a de realização de leilões de PEP (Prêmio para o Escoamento) e Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) para a cultura do arroz.