O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta quarta, dia 27, em discurso feito para empresários e autoridades em Lima, no Peru, que “importar do Brasil é ter a garantia de fornecimento de alimentos seguros”. Maggi está em missão ao país vizinho a fim de expandir a pauta comercial agropecuária comum.
Ele reforçou que há negócios que interessam ao Peru e ao Brasil, mais especificamente a alguns Estados mais próximos do país andino, como Acre, Amazônia, Rondônia, Mato grosso e Mato Grosso do Sul. “O Brasil é um país que busca incessantemente ter um comércio facilitado com o resto do mundo”, diz.
Durante sua apresentação, o ministro disse aos presentes que, apesar da crise econômica brasileira, o setor agropecuário manteve o crescimento. “É o único (setor) que não perdeu competitividade e cresceu”, declara, apresentando dados sobre a pujança do agronegócio do País. Maggi citou alguns produtos em que o Brasil é campeão de produção e exportação, como açúcar e café, e disse que quer ser também um grande exportador de alimentos processados. “O Brasil tem toda a condição de fazer isso”.
Sobre o Peru, Maggi comentou que há um grande potencial a ser explorado, já que a relação no agronegócio entre os dois países é restrita. O Peru é o 27º parceiro comercial do Brasil, sendo que no setor agropecuário foram registrados, no ano passado, apenas US$ 179 milhões em exportações e US$ 92 milhões em importações.
O Brasil tem condições de fornecer ao Peru alimentos que o país não produz, ressalta o ministro, acrescentando que o Acre, por exemplo, vem desenvolvendo uma suinocultura moderna, além de ter terras para soja e milho, entre outros produtos. Do lado do Peru, o ministro destacou o crescimento da produção de frutas, que rende ao país anualmente entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões.
Ele também se reunirá com o ministro da Agricultura peruano, José Manuel Hernandez.
Nesta quinta, dia 28, Maggi viaja para a Bolívia. Na capital, La Paz, terá encontros com o ministro do Desenvolvimento Rural e Terras da Bolívia, César Cocarico, e com o vice-ministro de Comércio e Integração boliviano, Walter Clarems.