O dólar comercial fechou em alta de 0,46%, cotado a R$ 3,247 a venda, puxado pela valorização da moeda no cenário externo e pela expectativa do mercado com o impacto do resultado da votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados. Este foi o maior patamar da moeda em mais de três meses.
O mercado começa a analisar o real poder de Temer em conduzir as reformas, como a da previdência. Além disso, começa a ser feita a discussão sobre quem será o próximo presidente do Federal Reserve (FED), o banco central norte-americano.
“Foi citado o nome do John Taylor, que, se seguir o modelo que ele criou, indica taxas de juros mais elevadas nos Estados Unidos”, disse o analista da Rio Gestão, Bernard Gonin.
Nesta quarta-feira, dia 25, o dólar deve ser pressionado para cima novamente, uma vez que o dia será marcado pela votação da denúncia contra Temer e pelo segundo dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. “Os dois resultados vão sair só depois do fechamento do mercado, o que significa que o mercado ficará seguindo boatos e especulação. Será um dia bastante tenso”, disse o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.
O Ibovespa encerrou com alta de 1,24%, aos 76.350 pontos. O volume negociado foi de R$ 8,565 bilhões.