Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta quinta-feira, 26. O mercado iniciou o dia em alta, sustentado pela boa demanda pelo produto americano, mas perdeu terreno na parte da tarde, diante da perspectiva de ampla oferta mundial.
A colheita entra na reta final nos Estados Unidos e uma nova safra recorde, próxima de 120 milhões de toneladas, deve ser confirmada. No Brasil, os boletins meteorológicos apontam chuvas, favorecendo a evolução do plantio.
O bom resultado dos embarques americanos da oleaginosa, no entanto, limitou as perdas. As exportações líquidas de soja dos Estados Unidos, referentes à temporada 2017/2018, com início em 1 de setembro, ficaram em 2,1 milhões toneladas na semana encerrada em 19 de outubro. Analistas esperavam algo em torno de 1,2 milhão e 1,8 milhão de toneladas. A China liderou as compras, com 1,5 milhão de toneladas.
Segundo a consultoria AgResource, o país asiático ainda não comprou toda a soja necessária para o esmagamento de novembro, e novas importações ainda podem ser adicionadas no curto-prazo.
No Brasil, os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nesta quinta-feira nas principais praças do país. A forte alta do dólar, que fechou a R$ 3,286, garantiu a sustentação das cotações. Houve registro de vendas envolvendo cerca de 50 mil toneladas no Rio Grande do Sul, 10 mil em Mato Grosso, outras 10 mil na Bahia e 5 mil toneladas em Mato Grosso do Sul.
De acordo com a Brandalizze Consulting, teve negócio que ficou entre R$ 75 e R$ 77 nos portos para a safra nova. Para os meses mais curtos ou em cima da colheita, de março e abril, se pagava os menores níveis e os maiores estavam sendo fechados para junho e julho.