Em entrevista exclusiva à Agência Safras durante a Semana Internacional do Café, realizada em Belo Horizonte, o diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Eduardo Heron, disse que o volume das exportações tem surpreendido negativamente nesse ano, ficando abaixo do esperado. Já a receita continua boa devido ao dólar ainda firme em relação ao real.
“Para 2018 ainda é prematuro fazer qualquer avaliação ou projeção. As chuvas recentes foram muito boas no campo, e ainda está chovendo, mas temos que esperar os resultados disso para as lavouras para aí então termos um sentimento do que se pode esperar para o próximo ano”, apontou Heron.
Para outubro, novembro e dezembro, a expectativa é de média mensal de exportação de três milhões de sacas, “fechando o ano com um volume total em torno de 31 milhões de sacas. Outubro ainda não foi fechado, e estamos ouvindo que novembro será muito bom, mas como tínhamos expectativas positivas para setembro e outubro que não se concretizaram estamos um tanto receosos de fazermos prognósticos para os próximos meses. O cenário está um tanto contraditório”, salientou o diretor técnico do Cecafé.
Nos últimos meses, o produtor de café tem freado as vendas devido à queda nos preços. Ao mesmo tempo, a safra foi menor, o que naturalmente também diminui o volume das exportações.