Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira, dia 24, em queda. Em uma sessão mais curta, em meio às comemorações do Dia de Ação de Graças, o fraco desempenho das exportações semanais americanas gerou uma correção técnica nos preços. Apesar disso, o vencimento de janeiro acumulou alta de 0,21% na semana.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2017/2018, com início no dia 1º de setembro, ficaram em 869,1 mil toneladas na semana encerrada em 16 de novembro. Para a temporada 2018/2019, foram 34,5 mil toneladas embarcadas. Os analistas esperavam exportações entre 1 milhão e 1,6 milhão de toneladas, somando as duas temporadas.
Na Argentina, o plantio evolui em um ritmo normal, mas a previsão de poucas precipitações para a maior parte das províncias produtoras nos próximos sete dias traz alguma preocupação.
As atenções seguem redobradas frente à confirmação da incidência do fenômeno La Niña a partir de dezembro na América do Sul. Dependendo de sua intensidade, o fenômeno costuma trazer alterações importantes para o regime de chuvas na Argentina e no Sul do Brasil. Até o momento, as indicações são de um La Niña de intensidade fraca.
No mercado interno, soja permaneceu com ritmo lento nas principais praças de comercialização do país. Mesmo com a alta do dólar, os preços tiveram oscilação mista e não foram registrados negócios relevantes.
Com cotações ainda pouco atrativas, o foco permanece no plantio, que já se aproxima da reta final e atinge 81,1% da área, segundo a Safras & Mercado. Em igual período do ano passado, a semeadura estava em 84,9%. A média para o período é de 80,7%.
Enquanto isso, a demanda pela oleaginosa brasileira continua aquecida. Em outubro, as compras do grão do Brasil pela China subiram 132%, chegando a 3,4 milhões de toneladas, na comparação com o igual período do ano passado.