Superintendente da PF diz ainda não ter recebido pedido de apoio para desocupar Belo Monte

Agentes federais estão monitorando a ocupação; decisão da Justiça impôs que os indígenas deixassem o local na tarde desta quarta, dia 29Encerrado o prazo para que os índios deixassem pacífica e voluntariamente o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, a Justiça ainda não solicitou à Polícia Federal (PF) apoio para desocupar o local. Além de policiais federais, homens da Força Nacional, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar paraense estão monitorando a ocupação, que começou na madrugada de segunda, dia 27.

Segundo o superintendente da PF no Pará, delegado Valdson José Rabelo, os agentes federais que se encontram no Sítio Belo Monte, canteiro localizado a 55 quilômetros de Altamira (PA), estão lá para garantir a integridade física e a segurança dos oficiais de Justiça e de outros servidores públicos que estejam cumprindo suas funções.

Rabelo explicou que a ação policial depende da requisição do oficial de Justiça encarregado de cumprir a sentença do juiz federal Sérgio Wolney de Oliveira Guedes, da subseção judiciária de Altamira (PA). Na terça, dia 28, a tarde, o magistrado concedeu um prazo de 24 horas para que a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a União convencessem os índios a saírem pacífica e voluntariamente do  canteiro. Os índios, então, recorreram da decisão nesta quarta, mas o juiz manteve sua sentença inicial. O prazo terminou às 17h30min.

– Iremos avaliar a situação e decidir as ações que terão que ser executadas e a melhor forma de tentarmos cumprir a decisão judicial com o menor transtorno possível. O que esperamos é que não seja necessário o emprego da força, que, como na última ocupação, no início do mês, quando os índios deixaram o local pacificamente, haja bom senso e o grupo deixe o canteiro – acrescentou o superintendente.