Venda de fertilizantes deve fechar 2017 com alta de 2,2%

Caso o número se concretize, as entregas terão alta de mais de 1 milhão de toneladas

Fonte: Embrapa/divulgação

Na média dos últimos 20 anos, o mercado de fertilizantes no Brasil cresceu cerca de 5,5%. Em 2017, no entanto, a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) estima fechar o ano com alta de 2,2%. De janeiro a novembro deste ano foram vendidas 32 milhões de toneladas do insumo. Mato Grosso concentrou o maior volume, com a entrega de 19,5% do total nacional, seguido por Rio Grande do Sul, com 12,7%; São Paulo, 12,4%; Paraná representando 11,9% e Minas Gerais, 11,6%.

O diretor executivo da Anda, David Roquetti, diz que, se confirmado, este será o maior número alcançado na história do setor no país. “Embora o crescimento possa ser menor do que a média, estamos falando em mais de 1 milhão de toneladas, que é um número expressivo”, afirma.

A grande antecipação da 2ª safra de milho em 2016 e o plantio tardio da soja neste ano impediram que as vendas crescessem como nos anos anteriores. O analista de mercado de fertilizantes Marcelo Mello, explica que “os dois juntos representam cerca de 60% do consumo desses insumos em todo o Brasil”.

O Brasil é o 4º maior consumidor de fertilizantes no mundo, sendo que 75% do que é utilizado no país é importado. Com o dólar volátil, o economista Roberto Troster recomenda cautela ao produtor na hora de negociar. “Se vão comprar, eu dividiria a compra em duas ou três diferentes. Na média, vai ter um preço mais baixo e não vai arriscar tanto. E a mesma coisa para exportar!”.