O mercado apresentou lentidão para a avicultura de corte na primeira semana do ano. Para os próximos dias, o quadro deve seguir semelhante. “Diante da comercialização fraca, empresas tendem a controlar estoques. A entrada da massa salarial é um fator que pode segurar a queda dos preços no curto prazo”, explica o analista de Safras & Mercado, Allan Maia.
O preço do quilo do frango vivo em Minas Gerais passou de R$ 2,85 para R$ 2,70. Em São Paulo, a cotação permaneceu inalterada, na casa de R$ 2,70.
A receita cambial das exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) acumularam alta de 5,7% em 2017, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Ao todo, foram obtidos US$ 7,236 bilhões nos doze meses do ano passado, frente a US$ 6,848 bilhões em 2016. Em volumes, os embarques do setor fecharam o ano com decréscimo de 1,4%, com total de 4,320 milhões de toneladas. Em 2016, o setor exportou 4,383 milhões de toneladas.
No último mês de 2017, o setor embarcou 321,5 mil toneladas de carne de frango, saldo 11,2% inferior ao obtido no mesmo período de 2016, com 362,1 mil toneladas. Em receita, houve retração de 8,6%, com US$ 523,8 milhões – em dezembro de 2016, foram US$ 573 milhões
“Os resultados estão conforme a previsão da ABPA para o ano, com melhor desempenho em receita, mesmo com uma leve queda nos volumes embarcados. O mercado internacional segue pressionado, favorecendo os preços dos produtos. O fato de nunca ter registrado Influenza Aviária em seu território, de manter boas relações diplomáticas com os mercados internacionais e de ter, novamente, comprovado ao mundo a qualidade de seus produtos foram primordiais para o desempenho do setor no ano”, analisa Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.