O mercado físico de boi gordo teve preços estáveis nesta quinta-feira, dia 18. Os frigoríficos devem continuar testando o mercado no curto prazo, considerando a lenta reposição entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês. Enquanto isso, os pecuaristas ainda retêm a oferta de animais terminados, aproveitando a boa condição das pastagens neste momento.
Segundo dados do Indicador de Propensão ao Consumo que o Serviço de proteção ao Crédito (SPC) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgados nesta primeira quinzena, 48% dos consumidores pretendiam diminuir o consumo em janeiro em função do nível de endividamento. Isso explica o comportamento do mercado de carne, das margens das indústrias e, consequentemente, do boi gordo.
No mercado atacadista, os preços ficaram mais baixos para alguns cortes. A expectativa é que esse movimento ganhe corpo no restante de janeiro, considerando o lento escoamento da carne nesse período em especial. A concorrência permanece acirrada entre as principais proteínas de origem animal.
Segundo a consultoria XP Investimentos, a carcaça bovina apresenta a pior competitividade frente as suas concorrentes (suína e de frango) para um mês de janeiro em 8 anos.