O mercado físico do boi gordo teve preços entre estáveis a mais altos nesta quinta-feira, dia 22. O impasse formado entre frigoríficos e pecuaristas segue ditando o ritmo das negociações, tornando-as morosas.
As escalas de abate permanecem encurtadas, posicionadas em média entre dois e três dias úteis. Enquanto isso, o ótimo volume de chuvas no Centro-Norte do país mantém as pastagens em ótimas condições, permitindo a retenção como estratégia recorrente dos criadores.
No atacado, as vendas de carne tiveram fraco desempenho desde a volta do Carnaval. As expectativas dos atacadistas acabaram frustradas, visto que o fluxo para reposição do varejo é lento. De acordo com a XP Investimentos, boa parte das redes varejistas está com bons estoques de carne desossada e o período de final de mês não inspira boas vendas. O interesse que os estoques cresçam ainda mais é pequeno e, desta maneira, a pressão cresce.
O preço do boi casado de bovinos castrados, por exemplo, está cotado em R$ 9,08 o quilo, segundo a Scot Consultoria. Houve uma queda de 7,3% desde o começo da semana, chegando ao menor valor preço desde o início de fevereiro.
Para o curto prazo, se o consumo não reagir, desvalorizações no preço da arroba do boi gordo não estão descartadas, tendo em vista que as indústrias irão se dedicar para recuperar a margem que está diminuindo.