Os contratos da soja em grão registram preços mais altos na manhã desta segunda-feira, dia 26, na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado atinge o melhor patamar em um ano, sustentado pelo clima seco na Argentina, que deve cortar a produtividade do país. As lavouras argentinas estão sofrendo com o déficit hídrico desde o final do ano passado.
Os contratos com vencimento em maio de 2018 operam cotados a US$ 10,54 por bushel, alta de 7 cents. No ano, a alta acumulada é de 7,75%.
Mercado interno
Incertos quanto à qualidade da soja 2017/2018, devido às irregularidades climáticas na América do Sul, vendedores brasileiros se afastaram do mercado à vista nos últimos dias, impulsionando os valores da oleaginosa.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o atraso na colheita da soja no Brasil também vem influenciando as altas dos preços, já que muitos produtores têm retardado o cumprimento de contratos. Outros vendedores, por sua vez, estão retraídos, à espera de melhores oportunidades de negócios.
Nesse cenário, os atuais patamares de preços no Brasil já são os maiores desde o primeiro trimestre de 2017, em termos nominais. O indicador Esalq/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) subiu 2,66% entre os dias 16 e 23 de fevereiro, para R$ 76,74 a saca de 60 quilos na sexta-feira, dia 23. Este foi o maior patamar diário desde 23 de janeiro de 2017, em termos nominais.
O indicador Cepea/Esalq Paraná avançou 2,17% no mesmo período, fechando a R$ 71,15 a saca, também o maior desde 27 de janeiro do ano passado.