O gerente executivo da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), Bruno de Jesus Andrade, afirmou que o atual momento de alta nos insumos, puxados pelo milho e o farelo de soja, não deve impactar a atividade de confinamento em 2018.
“Acreditamos que o preço do milho possa cair na medida que a colheita de verão avançar, assim que o produtor encerrar os trabalhos de retirada da soja das lavouras”, informou.
Bruno destaca que o hoje o custo diário de ração por animal no confinamento tem variado entre R$ 8 e R$ 9, mas tende a recuar daqui para frente, até mesmo quando houver maiores definições em termos da safrinha de milho. Estamos trabalhando com uma expectativa de custo diário de ração entre R$ 7 e R$ 8 ao longo do ano”, comenta.
O executivo ressaltou que o pecuarista começará a preparar a intenção de confinamento em abril, período no qual a expectativa é de que os preços dos insumos já possam estar mais baixos.
No momento, a Assocon estima que o número de animais confinados entre os associados da entidade possa ficar em 4,2 milhões de cabeças neste ano, superando o volume registrado em 2017, de 3,385 milhões de animais.
Em relação aos preços da arroba do boi, a entidade acredita que o pecuarista tende a trabalhar com um valor mais atrativo se comparado ao de 2017, levando em conta a expectativa de retomada na economia e no consumo de carne bovina. “Deveremos ter preços melhores para a arroba do boi, especialmente no segundo semestre”, sinaliza.