Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam esta segunda-feira, dia 19, com preços em forte baixa. Os contratos de soja em grão com entrega em maio, por exemplo, tiveram queda de US$ 0,27, ou 2,57%. fechando a US$ 10,22 por bushel; a posição julho teve cotação de US$ 10,33 por bushel, perda de US$ 0,2675 ou 2,52%.
As chuvas que atingiram as regiões produtoras na Argentina deflagraram um forte movimento de vendas por parte de especuladores e fundos, colocando os contratos nos menores níveis em um mês.
Diante disso, o mercado brasileiro de soja teve um dia de comercialização travada. Com as perdas, as cotações caíram aqui de forma nominal. No porto de Rio Grande (RS), por exemplo, onde a saca da leguminosa chegou a R$ 80,50 no fim da última semana, o preço baixou para R$ 79 nesta segunda. O dólar firme e a melhora nos prêmios evitaram um efeito ainda maior da queda no mercado norte-americano.
Chicago
Na última sexta, dia 16, o relatório de compromissos das casas corretoras (CFTC) indicou um volume de posições compradas na Bolsa de Chicago acima do esperado e um movimento de correção já era esperado. As precipitações na Argentina serviram de estopim. Na avaliação do mercado, a quebra na safra no país é irreversível; as chuvas só conteriam mais perdas.
Entre outros fatores que ajudaram na baixa desta segunda está a expectativa de um plantio recorde nos Estados Unidos e a produção cheia no Brasil – a maior da história. Há ainda temores de que a guerra comercial entre Estados Unidos e China gere retaliações às importações de soja americana pelos chineses.