A Comissão Europeia aprovou, nesta quarta-feira, dia 21, a proposta de aquisição da Monsanto pela Bayer mediante determinadas condições, informou a Bayer, em comunicado. As condições envolvem o desinvestimento de alguns negócios da Bayer, como os de sementes e certos herbicidas à base de glifosato cuja aplicação predomina na Europa.
A Monsanto também terá de alienar o negócio de controle de nematoides conhecido como NemaStrike. As exigências da comissão estipulam ainda a transferência de três projetos de pesquisa da Bayer na área de herbicidas não seletivos e a concessão de uma licença para o portfólio de agricultura digital da Bayer.
A companhia alemã já havia recebido a aprovação de mais da metade das quase 30 autoridades reguladoras de países que avaliavam a transação, incluindo Brasil e China, e a resposta mais esperada era a da União Europeia. Segundo a Bayer, a expectativa é concluir a compra no segundo trimestre de 2018.
No início deste mês, a Bayer confirmou que haviam negociações em andamento exclusivamente com a Basf para a venda dos negócios de sementes da empresa em prol da compra da Monsanto. Entre as empresas de insumos da Bayer que estão sendo alienadas, estão inclusos o negócio global de sementes de algodão (excluindo Índia e África do Sul), a unidade de canola na América do Norte e Europa, além do negócio de sementes de soja. Os valores envolvidos nestas operações não foram divulgados.
Em outubro de 2017, a Bayer já havia concordado em vender empresas da Divisão CropScience para a Basf por 5,9 bilhões de euros (US$ 7,3 bilhões) com o objetivo de atender as exigências de órgãos reguladores. “A Bayer está trabalhando em estreita colaboração com as autoridades do mundo para concluir com sucesso a transação com a Monsanto no segundo trimestre de 2018”, projetou a companhia.