Durante entrevista para apresentar o balanço de 2012 e as perspectivas para 2013, a senadora afirmou que um dos pontos fundamentais da nova política agrícola seria o seguro rural e que a Presidência da República, por meio da Casa Civil, já reconhece a importância para agricultura brasileira. Ela lembra que poucos agricultores têm condições de recorrer ao mercado para fazer operações de seguro (hedge) de preços.
Segundo a senadora, nos Estados Unidos o seguro agrícola cobre 86% da área cultivada, enquanto no Brasil não chega a 40%. Kátia Abreu defende o aumento à subvenção dos prêmios do seguro, para em 2105 chegar ao montante de operações de R$ 4 bilhões, sendo R$ 2 bilhões do Tesouro, que subsidiaria metade do valor dos prêmios.
A presidente da CNA argumenta que o seguro reduziria a necessidade de recursos públicos para financiar a safra, lembrando que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) gasta R$ 5,2 bilhões para sustentar preços.
– O apoio funciona em tese, pois os beneficiados são as tradings, multinacionais, que antecipam as compras. Os Estados Unidos são próximos do céu. O preço de referência é feito por universidades e o dinheiro creditado direto na conta do produtor – diz ela, que argumenta ser preciso convencer o Ministério da Agricultura e a Conab das propostas.