O mercado físico de boi gordo teve preços predominantemente mais baixos nesta segunda-feira, 22. A queda foi expressiva em algumas regiões e a tendência é que este movimento se prolongue no restante do mês. A oferta crescente de fêmeas favorece esse comportamento, com o descarte das vacas que não emprenharam.
Segundo a consultoria Safras & Mercado, mesmo para a primeira quinzena de fevereiro, é limitado o espaço para recuperação nos preços. Já a XP Investimentos estima que consumo poderá reagir no decorrer da semana, com uma possível reposição para o início de fevereiro, mas até o momento, o escoamento ainda é lento.
No atacado, o ritmo ainda é fraco e são comuns relatos de empresas realizando promoções para estimular a venda de carne. Prova disto é que o boi casado recua consecutivamente desde o início do ano e já registra a menor média em dois meses.
O mercado de carne bovina com osso também sentiu os efeitos da retração do consumo e fechou em queda. Segundo a Scot Consultoria, a carcaça de bovinos castrados está cotada em R$ 9,18 o quilo, queda de 4,5% frente ao levantamento de sexta-feira, 19, atingindo o menor patamar desde agosto.
Essa desvalorização no atacado, fez a margem de comercialização das indústrias que desossam, cair abaixo da média histórica. Atualmente, segundo o indicador equivalente Scot desossa, a margem de comercialização está em 20,3% e a média histórica é de 20,4%.
Enquanto isso, a competitividade da carne bovina segue prejudicada frente suas concorrentes (suína e frango).