“Coragem, fé, investimento e muito trabalho”, esses foram os conselhos do pai aos irmãos Anélio e Mércio Thomazzoni. Na propriedade de 150 hectares em Passos Maia, no oeste de Santa Catarina, eles cultivavam apenas soja e milho, mas decidiram apostar na suinocultura.
Deu certo! No início era apenas um galpão com 330 animais. Hoje, são 32 galpões com certificação, destinados à produção de matrizes com ciclos de creche e recria.
Há quatro anos, com o crédito do Banco do Brasil, começaram os investimentos focados em sustentabilidade. A primeira iniciativa foi uma cisterna com 90 metros de comprimento e capacidade para armazenar 3,5 milhões de litros d’água. O projeto, além de proteger as nascentes, prevê o reflorestamento das áreas de maior desnível e plantio de feno.
Nas pastagens o processo de fertirrigação reaproveita os dejetos suínos. Os resíduos são aquecidos a 60ºC e misturados a serragens e terra para se transformarem em adubo. Esse produto também é excelente para o cultivo de flores.
Além disso, os excrementos também geram biogás, transformado em energia elétrica por um biodigestor. O gerador ligado à máquina produz 75 kilowatts por ano, mas a propriedade só consome 50 kilowatts, possibilitando aos produtores venderem o excedente. Os Thomazzoni são os primeiros a conseguirem todas as licenças e autorizações para comercializar energia no Brasil.