Para o diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Fernando Pimentel, o governo reconheceu as dificuldades que o setor enfrenta e está tentando criar medidas para melhorar a competitividade no mercado mundial.
– Dificuldades que não são derivadas de incompetência dos trabalhadores ou dos empresários, ou por falta de investimentos. São derivadas de um quadro mundial bastante complexo, em que as economias centrais encontram-se em recessão. Existem grandes excedentes produtivos no mundo, e os países asiáticos, com destaque para a China, são os maiores produtores e exportadores desses produtos. O que nós estamos mostrando com clareza é que a indústria de confecção do país, que é a quarta maior do mundo, é um setor que saiu de um crescimento em 2010 para uma profunda queda. Nós crescemos em torno de 5% em 2010 e estamos regredindo, esse ano, 15%na área têxtil e em torno de 4% na indústria de confecção. Precisamos de medidas isonômicas para competir no mercado mundial retraído. O ministro, ao anunciar medidas de defesa comercial legítimas, reconhece essa situação, e a partir disso, o governo determina processos de ações que estão inseridos dentro das regras mundiais.
Com a adoção das medidas propostas pelo governo, Pimentel espera que o setor recupere sua trajetória de crescimento em 2012.
– Esperamos que com essas medidas, e com a agenda de competitividade interna, o setor retome a trajetória de crescimento e não perca 15% de produção com está perdendo esse ano.
Veja a entrevista completa de Fernando Pimentel no Rural Meio-Dia: