A estratégia da Amyris é utilizar hidrocarbonetos da cana para produzir farneseno, uma molécula que pode ser transformada em várias especialidades químicas, lubrificantes e combustíveis, a partir de sua mistura com fermentadores específicos produzidos pela empresa americana. Desde 2009, a Amyris tem investido em parcerias com o setor sucroenergético para a produção de especialidades químicas a partir da cana-de-açúcar. A maior parte dos investimentos começa a operar em 2012.
No segundo trimestre de 2012, a unidade que a Amyris está construindo no formato de uma joint venture com o Grupo São Martinho, a SMA Indústria Química S/A, entra em operação. O acordo utilizará, inicialmente, um milhão de toneladas de cana-de-açúcar fornecidas pela Usina São Martinho, localizada no interior de São Paulo, para a produção do farneseno. A previsão é de uma produção de 92 milhões de litros no primeiro ano na unidade da São Martinho. Os investimentos na SMA somam US$ 35 milhões.
Na usina Paraíso Bioenergia, a expectativa é de que a nova empresa processe o caldo de até um milhão de toneladas de cana por ano. A nova unidade, que será construída pela Amyris ao lado da usina Paraíso, deve entrar em operação em 2012.
Diferentemente dos demais acordos, a Novvi, joint entre Amyris e Cosan, prevê, inicialmente, que ela obterá farneseno de outras instalações de produção da Amyris para a produção de óleos básicos, como a que será utilizada na linha de lubrificantes EvoShield.
Além do Brasil, a Amyris também produzirá o farneseno, que possui o nome comercial de Biofene, na Europa e nos Estados Unidos. A procura por essa especialidade química é grande e mesmo antes do início da produção em larga escala a Amyris já tem fechado contratos de venda de Biofene com empresas como a Procter & Gamble, do setor de higiene e limpeza, a Soliance, de cosméticos, a Firmenich, de perfumes, o Gruppo Mossi & Ghisolfi, de polímeros e aditivos plásticos, além da Shell e Total, de petróleo.