As exportações brasileiras de carne suína recuaram 13,4% no primeiro trimestre do ano, a 155,2 mil toneladas, quando comparadas às 179,2 mil toneladas embarcadas em igual período de 2017, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta terça-feira, dia 17. A receita cambial atingiu US$ 315,3 milhões, montante 21,9% inferior ao total de US$ 403,7 milhões obtido um ano antes.
Somente no mês de março, as exportações de carne suína ficaram em 58,1 mil toneladas, queda de 8,1% em relação ao volume embarcado em março de 2017, de 63,2 mil toneladas. Em faturamento, a retração foi de 23% no comparativo anual, para US$ 115 milhões.
O declínio ocorreu, principalmente, em virtude da ausência de compras da Rússia. “Em praticamente todos os mercados houve incremento das exportações. Isto ajudou a reduzir os impactos causados pelo embargo russo, país que entre janeiro e março do ano passado havia importado 68,5 mil toneladas”, avalia em comunicado Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.
Os avanços nas demais regiões, entretanto, não compensaram totalmente a lacuna deixada pela Rússia.
Entre os destaques positivos, na América do Sul, o Uruguai importou 8,8 mil toneladas nos três primeiros meses deste ano, saldo 31% superior que as 6,7 mil toneladas exportadas em 2017.
O Chile também incrementou suas importações, com total de 7,1 mil toneladas, 30% a mais que as 5,4 mil toneladas embarcadas no ano anterior.
Já para a Argentina foram exportadas 10,3 mil toneladas, 3,5% a menos que as 10,7 mil toneladas registradas em 2017. Na África, os embarques para Angola atingiram 8,2 mil toneladas no trimestre, 11% acima das 7,3 mil toneladas exportadas no ano passado.