Segundo Fabian Fusseis, porta-voz do ministro da Saúde austríaco, Alois Stoeger, que compareceu ao encontro de ministros da Saúde do bloco no Castelo Godollo, nas proximidades de Budapeste, Dalli disse que os limites de radiação mais estritos serão impostos sobre a comida japonesa, após o desastre na usina nuclear Daiichi, em Fukushima. A usina apresentou vários problemas após um forte terremoto e um tsunami, em 11 de março.
O presidente da Comissão Europeia, Jose Manuel Barroso, confirmou os planos em declaração ao Parlamento Europeu. Segundo Barroso, o tema será votado pelos Estados integrantes da UE nesta sexta-feira.
O bloco de 27 nações quer que seus limites atuais de radioatividade sejam os mesmos do próprio Japão, no caso de elementos como o césio-134 e o césio-137, disse o porta-voz de Dalli, Frederic Vincent, em entrevista à France Presse. Com isso, o limite atual da UE de 1.250 becquerels por quilo seria reduzido para 500 becquerels por quilo. O novo limite de iodo-131 seria de 2.000 becquerels por quilo, e o de estrôncio-90 seria de 750 becquerels por quilo.
Atualmente, a UE pede às autoridades japonesas que chequem a radiação de todos os alimentos exportados. Autoridades nacionais dos países importadores também inspecionam ao menos 10% desses produtos. No ano passado, a UE importou 9 mil toneladas de frutas e vegetais do Japão.