Eles se reúnem nesta sexta, dia 16, em Macapá (AP), para participar do 6º Fórum de Governadores da Amazônia Legal. O encontro vai resultar em um documento ? a Carta de Macapá ? com propostas que possam subsidiar a elaboração de um projeto nacional para a preservação florestal e o desenvolvimento da região.
Os governadores dos Estados amazônicos pretendem também ajudar o governo brasileiro a ingressar no mercado de créditos de carbono e, ainda, inserir o país na pauta das discussões da 15ª Conferência da Partes (COP-15), que reunirá, em dezembro, os países signatários da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas , em Copenhague, na Dinamarca. A proposta dos líderes da Amazônia também é exigir o aumento da meta para diminuição de emissões dos países mais emissores atualmente, entre eles, a China e os Estados Unidos.
Na avaliação do governador do Amazonas, Eduardo Braga, está faltando um reconhecimento nacional e internacional pelos serviços ambientais que a Floresta Amazônica produz. Braga disse que o povo amazônico não pode ser punido ou se sentir culpado por viver na região.
? A Amazônia não pode ser tratada como um santuário e sim como uma grande prestadora de serviços ambientais que, com tecnologia, racionalidade e inteligência, deve ser usada para prestar muito serviço ambiental. Esperamos que esse serviço ambiental possa ser monetizado [revertido em dinheiro] e que possa representar melhoria da renda per capita do povo da Amazônia ? destacou.
Para o governador do Acre, Binho Marques, por causa dos reflexos das mudanças climáticas globais, é preciso agir rapidamente. Para ele, o 6º Fórum de Governadores da Amazônia Legal tem papel fundamental para que o país tenha um consenso firmado e vá para Copenhague em busca de novos mecanismos que garantam a floresta em pé, mas com justiça social, sobretudo para os moradores da região.
? Qualquer acordo relacionado às questões ambientais globais precisa incluir a Amazônia. Existem pessoas vivendo na área da Floresta Amazônica e isso não pode ser ignorado, precisa ser pensado na hora de se definir saídas econômicas que sejam viáveis para essa área ? defendeu.