A escassez de oferta interna de algodão mantém a firmeza nos referenciais de preços e a lentidão no ritmo dos negócios. No CIF de São Paulo, a indicação ficou em R$ 3,76, acumulando alta de 3,9% em relação ao mesmo período do mês passado e de 36,7% quando comparado à igual momento do ano anterior.
A colheita segue avançando de forma gradual, mas ainda não é suficiente para regularizar o abastecimento. “Assim, a indústria permanece na defensiva, reduzindo turnos e em alguns casos até entrando em férias coletivas, esperando um engrossamento da entrada da safra nova”, relata o analista de Safras & Mercado Élcio Bento.
A situação favorável para a formação de preços domésticos, com dólar e Nova York em alta, foi aproveitada pelos cotonicultores para negociar de forma antecipada. “No Mato Grosso, por exemplo, até o final da última semana o total comercializado era de 1,013 milhão de toneladas”, informa Bento. No mesmo período do ano anterior, o total era de 745,5 mil toneladas.
De acordo com os registros da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), até o momento 762 mil toneladas foram registradas pelos produtores, sendo 331 mil toneladas para exportação, 301 mil toneladas para o mercado interno e 129 mil toneladas em contratos de exportação com opção de mercado interno.