O mercado do boi gordo abriu a semana com poucos negócios. De acordo com a XP Investimentos, nesta segunda-feira, dia 25, os frigoríficos abriram os balcões com a semana completa, escalando animais para o início da próxima. Muitos ainda avaliam a situação da oferta de gado, especialmente neste período de transição de entrada da entressafra.
De modo geral, as indústrias diminuíram os abates nos últimos dias, já que o escoamento da carne no mercado interno não tem diso satisfatório. O fato, inclusive, faz com que os frigoríficos deem preferência para as boiadas visando fomentar a exportação.
Em um primeiro momento, pecuaristas se animam com a venda de animais em padrões superiores, mas o comportamento não é uniforme. Muitas indústrias ainda procuram completar as escalas com vacas e novilhas enquanto o mercado interno não reage e garante suporte as referências da carne.
Segundo a Scot Consultoria, nas regiões onde não se compra com facilidade há alguns dias, os compradores abriram a semana pagando mais. No norte de Minas Gerais, por exemplo, a arroba do boi gordo subiu R$ 5 (ou 3,9%) desde o início do mês, considerando o preço à vista.
Em São Paulo, as empresas têm conseguido manter a programação de abate em torno de cinco dias. Nestas condições de oferta, o mercado está andando de lado.
Outro ponto relevante é que a margem das indústrias está no maior patamar desde agosto de 2017 (30,2%), o que indica que, caso haja necessidade, os frigoríficos podem ofertar preços melhores para a arroba. Porém, o fato vai depender de como o consumo reage.