? Em alguns casos, as decisões tomadas às pressas pelos governos para minimizar o impacto da crise, na realidade, contribuíram com ou exacerbaram a crise, agravando a insegurança alimentar ? afirmou Richard China, diretor da divisão política e de apoio aos programas de desenvolvimento da FAO.
A inflação dos alimentos subiu para o topo da agenda internacional, após a FAO ter informado que os preços atingiram um recorde de alta no fim de 2010, superando inclusive os níveis registrados na crise de 2007 e 2008. Violentos protestos contra o desemprego e o aumento dos preços dos alimentos no Norte da África despertaram a atenção do mundo árabe e provocaram uma onda de mal-estar entre os líderes da região, que temem que os tumultos possam atravessar as fronteiras de seus países.
Em resposta, a FAO publicou um guia para orientar formuladores de políticas em países em desenvolvimento sobre como combater as altas de preços, sem criar mais agitação nos mercados internacionais. O relatório aconselha os governos a trabalhar com operadores de mercado para tratar da situação. Mas nos casos em que os mercados não funcionam bem ou estão ausentes, a FAO adverte:
? Pode ser necessário adotar medidas extremas que sejam um atalho para os mecanismos de mercado ? disse a FAO.