Os outros 40% são consumidos na forma direta, ou seja, são adquiridos pelos consumidores no varejo, em embalagens de 1kg ou 5 kg. Segundo a pesquisa, 80% dessas compras são de açúcar refinado e apenas 20% de cristal. Indústrias alimentícias, ao contrário do consumidor doméstico, têm suas compras focadas no cristal, mas absorvem também parcela de refinado.
O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, sendo que cerca de 65% da sua produção é exportada. Do que é comercializado no país, 84,5% do volume é de açúcar cristal, 14%, de refinado e 1,5% de açúcar líquido.
Empresas de refeições coletivas, também aquelas de produção artesanal (doces, bolos, balas etc) e ainda parte do varejo dão preferência às compras em fardos ? embalagens de 30 kg com unidades de 1 ou 5 kg. Já a saca de 50 quilos é preferida por indústrias de alimentos e empacotadoras. Estas últimas redistribuem o produto em embalagens de 1 kg ou 5 kg. Os big bags, por sua vez, são negociados basicamente por indústrias e atacadistas.
As usinas do Estado de São Paulo são responsáveis por 86% do açúcar refinado que é comercializado no país, por 56,3% do açúcar cristal em sacas (de 50 kg) e por 22,2% do açúcar cristal em fardos.
Os números absolutos desta pesquisa devem ser divulgados nos próximos meses, após conclusão da segunda edição do projeto.
O trabalho desenvolvido pelo Cepea objetivou caracterizar a demanda brasileira por açúcar. O período de referência das informações é o ano-safra 2007/2008 das duas maiores regiões produtoras de açúcar: Centro-Sul e Norte/Nordeste.
Equipe
A pesquisa foi realizada pelos professores Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, Heloisa Lee Burnquist, Mírian Rumenos Piedade Bacchi e também pelos pesquisadores Carlos Eduardo Caldarelli, Ivelise Rasera Bragato, Mariana Martins de Oliveira Pessini, Marta Cristina Marjotta-Maistro e Maurício Jorge Pinto de Souza.