A tensão comercial entre Estados Unidos e China e o bom desenvolvimento das lavouras americanas formaram um cenário de enorme pressão sobre as cotações da soja no mercado internacional. Como resultado, o grão atingiu o menor patamar de preço em dez anos, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Após a oitava sessão consecutiva de perdas na Bolsa de Chicago, os contratos da soja em grão para entrega em julho fecharam a US$ 8,35 por bushel, uma baixa de 8,5 centavos de dólar.
O que explica esse cenário é que, a partir desta sexta, dia 6, os Estados Unidos devem passar a taxar produtos chineses. Se as medidas prometidas pelo governo Trump forem confirmadas, o país asiático vai retaliar na mesma proporção: com uma sobretaxa de 25% imposta aos embarques de soja americana.
Também interfere negativamente nas cotações o fato de as condições dos plantios americanos da oleaginosa indicarem um bom potencial produtivo.
Mercado brasileiro
No Brasil, o mercado de soja teve um dia de preços firmes, entre estáveis e mais altos. As cotações foram sustentadas pela valorização do dólar e pela subida nos prêmios de exportação. Com isso, a movimentação de negócios melhorou nas praças de comercialização.