O mercado de soja mantém as atenções voltadas para a guerra comercial entre Estados Unidos e China e seus impactos sobre o mercado mundial. Os investidores analisam as implicações práticas da taxação chinesa de 25% sobre a soja norte-americana. A tendência é que nos próximos meses o fluxo comercial mundial do complexo da oleaginosa se altere, formando um novo cenário.
As principais mudanças devem ser notadas, de forma mais clara, a partir da entrada da nova safra norte-americana no mercado, o que ocorre a partir de meados de setembro. Os embarques norte-americanos para a China devem sofrer uma redução importante, com o Brasil surgindo como principal alternativa para a demanda chinesa.
Em contrapartida, a soja dos EUA deverá ficar mais atrativa para outros países, o que pode também impactar as exportações brasileiras para o resto do mundo.
Outro ponto de destaque é o desenvolvimento da safra norte-americana e o panorama climático sobre o cinturão produtor. O mercado fica de olho no potencial produtivo.
A piora nas condições das lavouras frente à um clima menos favorável registrado nas últimas duas semanas trouxe certo suporte para a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mês de agosto será decisivo para a definição da produção dos EUA, o que pode trazer volatilidade para os contratos futuros.