De acordo com o embaixador, a China possui apenas 8% das terras cultiváveis do planeta, mas precisa alimentar 25% da população mundial. Dos 1,3 bilhão de chineses, 800 milhões vivem no meio rural.
? Por isso a questão agrária-agrícola é de fundamental importância para nós ? afirmou Qiu Xiaoqui. Ele explicou que a China está vivendo um processo acelerado de urbanização e a tendência é que os camponeses deixem a terra para morar nos grandes centros urbanos. Diante desta realidade, a China quer conhecer as experiências brasileiras que estão conseguindo fixar o homem no campo, além de gerar mais renda para essa população.
Cassel contou ao embaixador que o governo federal desenvolveu políticas públicas que dão apoio e segurança para quem trabalha na terra. O ministro falou sobre o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que atualmente opera com R$ 15 bilhões e atende agricultores de todas as regiões do país.
Cassel falou também sobre a importância da assistência técnica e extensão rural fornecida a mais de um milhão de agricultores familiares brasileiros.
O resultado positivo das políticas criadas pelo governo federal foram constatados pelo Censo Agropecuário 2006 feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o IBGE, divulgado em setembro.
? O Censo mostrou que a agricultura familiar é 89% mais produtiva que a agricultura de escala ? frisou o ministro.
Cassel disse ao embaixador que o MDA tem maior interesse em trocar experiência com o governo chinês e colocou a equipe do ministério à disposição para iniciar o diálogo para aprofundar a discussão bilateral entre os dois países. As informações partem da Assessoria de Imprensa do Ministério do Desenvolvimento Agrário.