Como já se tornou quase uma regra, o encontro é precedido de grande tensão e deve se focar nas iniciativas que entravam o comércio entre os dois países.
? Houve mudança de atitude da administração Lula, que sempre foi muito complacente (com a Argentina). Acho que acabou a paciência do governo brasileiro ? avalia o consultor Dante Sica, ex-secretário de Indústria e Comércio da Argentina.
Na opinião de Sica, “a gota d’água foi a falta de previsibilidade, pela demora da Argentina para liberar licenças não automáticas de importação”. Segundo regras da Organização Mundial do Comércio, a liberação deve ocorrer em prazo máximo de 60 dias.
Desde o ano passado, a Argentina tem levado, em média, 150 dias para autorizar a entrada de produtos brasileiros. A partir de outubro, o governo brasileiro resolveu dar o troco, aplicando o sistema de licenciamento não automático a 35 produtos.