Diretor da FAO reitera que países emergentes precisam dobrar produção de alimentos até 2050

Segundo Diouf, investimento de US$ 44 bilhões em infraestrutura e tecnologia é necessário para acabar com a fome no mundoDurante a abertura da Cúpula Mundial de Segurança Alimentar, em Roma, o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, lembrou que a produção mundial de alimentos precisa crescer 70% até 2050 para atender às futuras demandas da população. Mas destacou que entre os países emergentes o desafio é maior: nesses países é preciso dobrar essa produção para atender a demanda.

Diouf destacou, durante o discurso, que para eliminar a fome no mundo é preciso investir US$ 44 bilhões em infraestrutura e tecnologias para aumentar a produção agrícola. Ele afirmou que essa é uma pequena quantia comparada aos recursos aplicados no setor em países como os Estados Unidos.

? Espero que a gente possa contar com os líderes e presidentes presentes para ajudar no problema em cada um dos países.

Apesar do cenário negativo, com o crescimento do número de pessoas afetadas pela fome no mundo que já passa de um bilhão, Diouf destacou que países da América Latina e da Ásia têm conseguido reduzir o percentual de pessoas subnutridas em seus territórios.

? Isso significa que sabemos o que é necessário fazer para derrotar a fome. Essas pessoas [que passam fome] estão esperando vontade política e financiamento para isso acontecer ? diz ele.