Governo de SP quer reforçar a fiscalização contra o greening

Ainda não existe uma cura para a doença, que atinge cada vez mais os pomares paulistasO governo de São Paulo pretende reforçar o apoio à fiscalização contra o greening, uma das maiores pragas da citricultura. A garantia foi dada nesta sexta, dia 10, pelo secretário-adjunto de Agricultura de SP, Antônio Julio Junqueira de Queiroz. Ainda não existe uma cura para a doença, que atinge cada vez mais os pomares paulistas.

De um total de 200 milhões de árvores citrícolas, quatro milhões estão infectadas, o que representa 38% dos talhões de São Paulo. O número é duas vezes maior do que o registrado no ano anterior. Já na região sul do Estado, 44% dos talhões estão contaminados por greening. Apenas em uma propriedade onde há cinco mil árvores, 140 foram erradicadas. Os citricultores temem perdas maiores, caso não ocorram mudanças.

Até agora, não foi encontrada outra solução a não ser derrubar os pés contaminados por greening. O citricultor Ademir Lavezzo olha com tristeza para o que restou das árvores e diz que o maior problema é a falta de consciência dos produtores.

Atualmente, o Fundecitrus é responsável por desenvolver pesquisas e capacitar os citricultores. A Secretaria Estadual de Agricultura fiscaliza e orienta para a erradicação das plantas. Na capital paulista, onde participou de um encontro com empresários coreanos, Queiroz informou que essa fiscalização vai ser mais intensa daqui para frente.

Em um Dia de Campo realizado também nesta sexta, em Leme, no interior do Estado, representantes do Fundecitrus destacaram a importância dos produtores estarem atentos e trabalharem juntos na fiscalização das plantas.

As atividades começaram cedo. Cerca de cem citricultores estiveram reunidos para aprender técnicas de combate ao greening. Foram apresentados os dados que mostram o avanço da praga em todo o Estado. Segundo o Fundecitrus, a conscientização dos produtores é a única alternativa para resolver o problema, já que ainda não existe cura para a praga.

Depois de aprender novas técnicas, foi hora de partir para o campo. Os citricultores tiraram dúvidas e ficaram atentos às novidades.